[Matérias] A carreira meteórica de Renata Ventura
Você já imaginou como seria uma escola de magia no Brasil? Em uma entrevista com J.K. Rowling, um fã perguntou se ela escreveria sobre uma escola de magia nos Estados Unidos e ela respondeu que não, mas que ele poderia se sentir livre para fazê-lo. Renata aceitou o desafio! Para alegria de todo Potterhead brasileiro o/. Assim, com sua natureza questionadora e sua formação em ciências humanas e sociais, Renata se envolveu em profunda pesquisa sobre a cultura e o folclore nacional, imaginando uma escola dentro da cultura brasileira, considerando o tamanho do país, a riquíssima história brasileira, o folclore e os preconceitos sociais.
Por lançar mão de um universo ficcional já existente para fundar um próprio, a obra de Renata foi, por vezes, vista (injustamente) como um plágio (quando, na verdade, A Arma Escarlate é uma linda homenagem da autora potterhead à obra de nossa querida J.K. Rowling!). Seguindo o caminho oposto à Jô, a autora brasileira decidiu usar um anti-herói como personagem principal (imaginem um Snape como protagonista! *-* Só que com um tempero bem mais carioca!! kkk), usando a fantasia do mundo bruxo para falar da sociedade brasileira, das falhas de caráter social impregnadas em nossa cultura e do reflexo disso nos indivíduos, tanto das classes mais altas como das classes mais baixas. Hugo é um protagonista muito mais agressivo, impulsivo e arrogante do que a maioria dos protagonistas a que estamos acostumados, e isso torna o livro muito legal. Imagine um jovem desses com uma varinha nas mãos.
Renata ganhou o prêmio Codex de Ouro 2013, na categoria Vox Populi, e entrou para o TOP 5 Autores Infanto-juvenis Nacionais de um site. Além disso, “A Comissão Chapeleira” (continuação de“A Arma Escarlate”), foi votado recentemente como o segundo livro mais esperado de 2014!
Atualmente, os fãs da obra interagem através do fã-clube Armada Escarlate Brasil (no Facebook), onde Renata está sempre presente, conversando com os seus leitores, ouvindo sugestões e comentários! Aliás, ela e os personagens do livro, que também têm perfil na rede social!
Como foi para você no começo? Houve rejeição por parte dos fãs de “Harry Potter”? E como é ver que hoje tudo mudou: o carinho que você recebe dos fãs, a ponto de fazerem uma capa para o seu segundo livro, por exemplo?
“Na verdade houve pouca rejeição. Houve um certo preconceito de algumas pessoas que achavam que (“A Arma Escarlate”) poderia ser uma copia de ‘Harry Potter’. Com as resenhas positivas, foram percebendo que não era uma cópia, e sim algo original inspirado “Harry Potter”, assim o preconceito começou a ser substituído pela empolgação dos leitores, o que me deixou muito feliz. O preconceito ainda existe por parte de alguns (pessoas que ainda não leram o livro). Muitos descobriram o Brasil no livro. Achavam que não era um lugar que pudesse ter uma história de fantasia. Ao descobrirem isso eles se empolgaram cada vez mais. Alguns vem ao Rio de Janeiro para conhecer os locais que aparecem no livro, outros me enviam fanarts, como essa capa do segundo livro ou desenhos de personagens, travesseiros com desenhos dos personagens, varinhas, e até o banner que uso em meus eventos de autógrafos.”
O segundo livro está em processo de revisão, mas será lançado ainda esse ano. Nós do CDL – Potterish gostaríamos de agradecer imensamente à Editora Novo Século, que também é parceira do nosso a site, por nos dar a honra de ser o primeiro site a divulgar os detalhes de “A Comissão Chapeleira” em um momento futuro, incluindo a sua capa oficial. Então, fique ligado no Clube do Livro – Potterish, logo que pudermos publicaremos detalhes exclusivos!
Não deixem de conferir a nossa entrevista com a Rê, na nossa coluna Sessão Reservada. Parte 1, Parte 2, Parte 3.
Revisado por Ana Leme em 12/01/2014.