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Comandante, de Rory Carroll

Comandante, de Rory Carroll

Durante os catorze anos em que ocupou a presidência da Venezuela, Hugo Chávez foi um fenômeno político comparado a Napoleão, Juan Perón e Fidel Castro. A verdade, porém, é que nunca houve um líder como ele. Eleito de forma democrática, reinou pelas telas de TV como um monarca em seu trono, incitou adoração e repulsa em proporções equivalentes e procurou se perenizar no poder por mandatos sucessivos. Chamado de “comandante” por seus seguidores, Chávez desafia rótulos e exige uma análise cuidadosa.

Ao assumir o poder em 1999, ele prometia uma revolução democrática que transformaria o país, e se tornou um símbolo de esperança e liberdade para o povo. Contudo, com o passar do tempo, assumiu o controle da indústria petrolífera, extremamente lucrativa, centralizou a autoridade do governo, permitiu que funções administrativas básicas definhassem, prendeu e aniquilou opositores políticos, criou um culto à personalidade e cortejou Fidel Castro e o polêmico presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, ocupando grande parte da programação de TV e rádio do país com suas transmissões em cadeia nacional e seu duradouro programa Aló, Presidente.

Em Comandante, o aclamado jornalista Rory Carroll transpõe os muros do Palácio Miraflores para relatar os bastidores da vida e da corte política de Chávez em Caracas. A partir de entrevistas com assessores, ministros, cortesãos, adversários políticos e cidadãos, sua narrativa minuciosa registra um experimento único de governo que oscilava entre iluminação, tirania, comédia e farsa.

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Trecho do livro

Fonte: Editora Intrínseca

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