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[Resenha] Do BDSM ao Amor eterno

[Resenha] Do BDSM ao Amor eterno

Nota do resenhista: Antes de fazer a nota de abertura, acho que é importante dizer que a resenha terá em alguns momentos palavras fortes devido ao teor do livro, se você se sente constrangido ao ler sobre o tema BDSM não indico a leitura  da resenha.

O que fazer quando você se vê apaixonada por um homem rico, sexy, inteligente e que te faz uma oferta inusitada e única? Essa é a história da Anastásia Steele uma virgem que é introduzida ao mundo BDSM e acaba tranformando a vida de Cristian é um conto de fadas.

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tempoTempo: para ler de pouco a pouco em intervalos durante a semana.
indicacaoFinalidade: para rir
restricaoRestrição: para quem não suporta melodrama,para quem não gosta de coisas moderninhas, para quem não gosta de tema pesados.
principioPrincípios ativos: Sexo, Riqueza, Relacionamento, Familia

 

Trilogia Cinquenta Tons de Cinza, por E.L.James

cinquenta_tons_de_cinza1Minha curiosidade pela série veio após a criação da sátira 50 Tons de Vergonha que me fez cair na gargalhada. Precisava saber o quanto foi retirado do livro e quanto tinha sido inventado para fazer graça, e após 1511 páginas lidas tenho minha opinião formada sobre a trilogia.

A série foi baseada na Saga Crepúsculo e infelizmente a história ficou pobre, devido todas as características irritantes dos personagens estarem incorporadas na história.Anastásia é uma estudante universitária virgem que conhece o milionário Cristian Grey ao substituir a amiga Kate na realização de uma entrevista para a universidade em que estuda.

Para afirmar o quanto “Ana” é desajeitada, a autora faz com que a mesma quase caia de cara no chão ao entrar no escritório do empresário, fazendo-nos lembrar de Bella e seus dois pés esquerdos. A lista de características que nos faz lembrar os personagens de Crepúsculo é enorme e cansativa.  Acredito que é possível ainda hoje achar universitárias virgens, o que acho difícil é encontrar uma tão sem experiência como Anastásia, chega a ser irritante. E o fato mais interessante de todo livro é que em nenhuma dessas 1511 páginas Steele não tenha ficado sem um orgasmo, e um fato curioso é que ela nunca tenha se “auto gratificado*”. Sem mencionar que Grey é extremamente rico, ganha 100 mil dólares por dia, e ela não aceita nenhum presente caro.

A trama da história é fraca, se apoiando no único mistério que me chamou atenção, porque Grey é um sadomasoquista. A explicação vem à tona no final do segundo livro, de acordo com Cristian ele foi uma criança negligenciada e mal tratada. Poucas vezes fiquei achando que a história iria me prender, porém infelizmente percebi que a autora insere ao final de cada livro um pouco de drama, só pra não dizer que não houve nenhuma cena impactante. Outro grande problema é a mudança brusca de cenas e com o tempo até a preguiça da autora de escrever a única coisa que é detalhada no livro, o sexo.

Falando em sexo, parece que tudo para eles é resolvido na cama. Entendo a ideia de sexo de reconciliação, mas inúmeras vezes eu torcia para que eles conversassem um pouco mais e se “amassem**” um pouco menos. Os papos só ficavam bem interessantes quando eram feitos via e-mail, tinha até um pouco de graça vê-los conversando e bem criativo da E.L. James fazer como se fosse uma tela mesmo de e-mail.

Infelizmente o mundo de 50 Tons de Cinza parece perfeito, porque até a amiga Kate dá sorte de entrar para a família rica casando-se com o irmão de Cristian, Elliot Grey. E falando em GREY, tudo dentro no livro tem essa tonalidade vai de gravata a sapatos, se tornando irritante e cansativo demais pra mim. A única vez que fiquei realmente feliz em ler foi o prólogo, achei fofo e já era o fim do livro…

*Masturbar
**Sexo

• 50 Tons de Cinza 455 páginas, Intrínseca Editora, publicado em 2012.
• 50 Tons mais Escuros 512 páginas, Intrínseca Editora, publicado em 2012.
• 50 Tons de Liberdade 544 páginas, Intrínseca Editora, publicado em 2012

 

 

 

Sobre o autor

5 Comentários

  1. Rodrigo Oliveira

    kkkkkk
    Até hoje não entendo como uma série dessas fez tanto sucesso (ainda bem que já tá passando).

  2. Fabrício

    ‘auto gratificado’ é ótimo hahahahaha

  3. Fátima

    ufff, por pouco não comprei a trilogia!!!
    que sorte eu tive.

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