[Resenha] O Espadachim de Carvão
Nota do resenhista:
Que tal desvendar os mistérios de Kurgala? Nesse novo mundo você irá se aventurar juntamente com o Adapak, um personagem misterioso, inocente e letal. Quem realmente é esse ser tão poderoso e simples?
IKIBU, ikibu, ikibuuuuu…..
Tempo: Ler numa tacada só.
Finalidade: Para explorar um novo mundo inédito e diferente de tudo que já viu.
Restrição: Quem não gosta de mitologia.
Princípios ativos: Mitologia nova, deuses, novos mundos, criaturas inéditas, experimento.
O Espadachim de Carvão, de Affonso Solano
O livro de Affonso, conta a história inédita de Adapak, um ser poderoso e ao mesmo tempo inocente que se aventura pelo mundo de Kurgala, atualmente abandonado pelos deuses. O autor nos apresenta uma nova mitologia, por tanto nada do que conhecemos existe, como o planeta terra, os continentes nem nada. As características comuns com nosso mundo real existente no livro não passam da vida biológica: ar, terra, plantas, animais, criaturas e os seres humanos. Continuando sobre a história, Adapak é filho de um dos quatro deuses que criaram Kurgala, e o mesmo começa a ser perseguido. Mesmo sem entender o porque e sem saber quem está por detrás da perseguição, Adapak tenta a todo custo sobreviver e a desvendar essa aventura.
Affonso Solano tem uma escrita muito fluente, com uma dose certa de descrição, mas nada exagerado para não cansar o leitor. Por ser uma mitologia nova, o autor precisou nos apresentar esse mundo novo, o que o fez de um jeito bastante interessante: capítulos da vida presente de Adapak intercalados com flashbacks do seu passado. Usando esse método de apresentação da mitologia, aprendemos sobre o Um Que É Quatro, todas as criaturas inéditas, como Kurgala foi criada, seus continentes e novas terras. Por ser tudo tão inédito, é normal no início ter um pouco de dificuldade para entender esse novo mundo e acompanhar a história, mas nada que venha atrapalhar. Além da própria história do livro, uma coisa interessante é que Adapak ama ler (assim como você) e em cada começo de capítulo, além de uma imagem o autor colocou uma frase de alguns livros favoritos do Adapak. E fazendo uma última observação, Affonso procurou inovar em tudo, mesmo nos detalhes: os anos são medidos em ciclos, altura em cascos, e assim vai.
Se você estiver cansado das história que envolve mitologia já existente, não deixe de ler a história do espadachim. Coisa nova sempre é bem vinda, e com a criatividade do Affonso, não teria sido melhor. O livro não é único, então dá pra saber que na melhor parte, o livro acaba (como sempre).
Resenhado por [Jânio Almeida].
255 páginas, Editora Fantasy (Selo Casa da Palavra), publicado em 2013.