![[Post Especial] “Jogos Vorazes”, por Suzanne Collins](https://clubedolivro.potterish.com/wp-content/uploads/2013/10/Capa_Post_Jogos_Vorazes.jpg)
Ser o diabo não pode ser tão mau assim.

Nota do resenhista:
Há um ano atrás, Ig passou por uma tragédia horrível, que alterou todo o curso da sua vida: o amor de sua vida foi brutalmente assassinada. De volta ao local do crime, bêbado, ele acorda com uma ressaca, um par de chifres e poderes… que fazem todos confiarem a eles seus segredos mais obscuros. Conheçam uma história que mostra como as fronteiras entre o bem e o mal não são tão nítidas como costumamos pensar.
![]() | Tempo: para ler de um tiro só no final de semana. |
![]() | Finalidade: para ficar na ponta da cadeira. |
![]() | Restrição: para quem tem estômago sensível. |
![]() | Princípios ativos: Religião, Ficção, Diabo, Filosofia, Terror. |

O Pacto, de Joe Hill
“Ig a conhecia é claro. Era a mesma mulher que tinha servido os drinques a ele e a Merrin em sua última noite juntos. Seu rosto era emoldurado por um par de asas de cabelos pretos lisos que se curvavam na altura do queixo pontudo, fazendo com que parecesse a versão feminina do professor que estava sempre pegando no pé do Harry Potter nos filmes. Professor Snail ou qualquer coisa assim. Ig tinha esperado ler os livros da série com os filhos que ele e Merrin teriam juntos.”
Em O Pacto – que, a não ser pelo trecho acima e pelo nome de uma das tradutoras (Helen Potter), não tem nada a ver com a série criada pela J.K. Rowling -, Joe Hill nos conta a história nada bela de Ignatius Perrish, ou simplesmente Ig. Quando sua namorada Merrin é estuprada e morta, a vida de Ig enlouquece. Primeiro ele é acusado de tê-la assassinado, depois seus amigos e familiares se afastam dele e, claro, em uma bela manhã ele percebe que ganhou um par de chifres, literal e não literalmente.
Ig, como era de se esperar, fica perturbado ao perceber os chifres na cabeça. Logo pensa que está com algum tipo de doença e que está tendo alucinações. É quando ele decide ir ao médico que as coisas começam a ficar ainda mais estranhas, pois cada pessoa que ele encontra no caminho parece não resistir ao impulso de lhe contar os seus piores segredos. Ig, então, vai à casa dos pais e, para sua infelicidade, descobre que sua família não é invulnerável aos seus novos poderes demoníacos. É nesse momento que a história engrena – ou quase, já que depois temos algumas páginas de flashback -, pois Terry, irmão de Ig, revela quem é o verdadeiro assassino de Merrin.
A partir daí a narração se torna bastante variada. Há momentos divertidos, estonteantes e instigantes, assim como também há momentos maçantes e com pouca fluidez, o que pode desestimular um pouco o leitor. De qualquer forma, não é algo que chega ao ponto de estragar a leitura. Na verdade, pode até ser visto como uma pausa para se respirar antes de avançar para as próximas páginas.
Outro ponto a ser destacado no livro do Joe Hill são as músicas que podem ser encontradas durante a narrativa. Para se ter uma ideia, Guns N’ Roses é mencionada logo nas primeiras páginas, seguida por outras grandes bandas como Rolling Stones, The Beatles, AC/DC e Kiss, não necessariamente nessa ordem. Então, para quem gosta de Rock, sem dúvida a leitura será um prato cheio.
Fica então a recomendação de O Pacto que, embora não seja um livro amável, é, sem dúvida, apaixonante.
Resenhado por Rodrigo Oliveira
320 páginas, Editora Sextante, 1ª edição – 2010.
*Título original: Horns
o filme do Dan. O livro é bom, mas eu gosta mais da estrada da noite, que é o primeiro do Joe.
Parabéns por mais uma ótima resenha!
o joee hill sempre teve um bom gosto pra musical
corrigindo – pra MUSICA! kkkkkk