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Magia policial

Magia policial

Se você gosta de obras policiais com uma pitada de magia, “Enigmas de Londres” é uma boa escolha de leitura para o começo do ano. Além de trazer uma história complexa, mas contada de forma leve, o autor Ben Aaronovitch constrói um belo retrato de Londres, com sua história e alma que atraem tantas pessoas.

Leia a resenha e deixe seu comentário. Este texto é a última contribuição que eu, Sheila Vieira, faço como editora para o Potterish. Aproveito o espaço para agradecer toda a equipe do site pelo apoio durante os últimos quatro anos e oito meses. Feliz 2013!

“Enigmas de Londres: Espíritos do Tâmisa”, de Ben Aaronovitch

tempoTempo: para ler pouco a pouco em intervalos durante a semana
indicacaoFinalidade: para pensar
restricaoRestrição: para quem não gosta de coisas moderninhas
principioPrincípios ativos: Londres, magia, crime, detetive, policial.

barra
– Então magia é real – eu disse. – O que faz de você um… o quê?
– Um mago.
– Como Harry Potter?
Nightingale suspirou.
– Não, não como Harry Potter.
– Em qual sentido?
– Eu não sou um personagem de ficção – disse Nightingale.

enigmas
É sempre bom ver algum livro, seriado ou filme fazendo uma referência a Harry Potter. Isso mostra como a obra de Rowling já está no imaginário das pessoas e tem todo um significado particular. Porém, se vocês querem saber quais são as semelhanças entre Potter e “Enigmas de Londres: Espíritos do Tâmisa”, eu diria: ‘não muitas’.

Mas isso é algo bom. Exatamente por amarmos tanto os livros de ‘Harry Potter’, dificilmente alguma obra que busca algo parecido me atrai. Ben Aaaronovitch, autor de ‘Enigmas’, tenta atingir um público no começo da vida adulta, que não tem mais tanta paciência para os dramas e dúvidas da adolescência.

Em ‘Enigmas’, a trama é prática, como seu protagonista, Peter Grant. Ele é um detetive da polícia londrina e descobre que o crime que investiga tem como testemunha apenas um fantasma. Sim, há magia, que se encontra primordialmente embaixo das terras, incorporada em seres que protegem o Rio Tâmisa.

Como todo protagonista que descobre uma nova realidade, Grant tem a ajuda de um mentor que o ajuda em sua exploração. Ele é Thomas Nightingale, um detetive mais experiente e ciente de todos os mistérios da capital inglesa. Grant também é próximo de Leslie May, sua colega, com quem compartilha uma certa tensão sexual.

A narrativa é em primeira pessoa, mas não guarda muito espaço para reflexões do protagonista. Para quem já teve a oportunidade de conhecer Londres, é interessante reconhecer e relacionar lugares da cidade, tanto os mais famosos quanto os afastados.

Aaronovitch, antes de criar a série literária, foi roteirista do seriado ‘Doctor Who’, um grande sucesso da BBC. ‘Enigmas’ é uma leitura leve, apesar de lidar com crimes e não censurar nada em termos de linguagem. Além disso, o livro me fez pensar em quais tipos de criaturas poderiam viver embaixo dos rios de São Paulo…

Resenhado por Sheila Vieira

365 páginas, Editora Fantasy – Casa da Palavra, publicado em 2012.
Título original: Rivers of London. Publicado originalmente em 2011.

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Sobre o autor

4 Comentários

  1. Fabiana

    lendo essa resenha me interessei bastante por esse livro,gosto de detetives,gosto de saber mais sobre Londres,e ainda cita HP é muito perfeito.
    também acho muito legal ser mais uma história de um detetive londrino,pois me atrai muito histórias desse tipo,já li Sherlock holmes e adorei.e Feliz 2013,que seja um ano com muito mais HP na vida,e mais sucesso para o Ish,e não posso deixar de agradecer por vocês terem proporcionado mais um ano cheio de notícias da saga que eu tanto amo e,e não só isso,pela dicas de leitura também,e oque seria de mim sem o Hotsite de vocês,enfim agradeço por todo o carinho e atenção de vocês. :D
    valeu ish,Fabiana deseja muito sucesso pra todos

  2. Rodrigo Slytherin

    Vou ler, não tem como.

  3. Rodrigo Slytherin

    Obs.: acho que a citação lá no começo está errada. Está escrito: “– Eu não sou um personagem [de] ficção – disse Nightingale.”

  4. Neuzimar

    Fiquei muuuito curiosa, então, “vou ler, não tem como.”.

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