Outra grande romancista britânica
Assim como Harry Potter, as obras da britânica Jane Austen são comumente vistas nas telas de cinema. “Orgulho e Preconceito” e “Razão e Sensibilidade” fizeram muito sucesso também nas prateleiras e a autora não poderia faltas nas nossas Resenhas.
O texto de Gabriela Alkmin nos apresenta o romance “Persuasão”, que também tem como tema o universo feminino. A crítica aos costumes da época e a busca da emancipação tornam a obra de Austen extremamente universal e familiar. Confira e deixe seu comentário!
“Persuasão”, de Jane Austen
Tempo: para ler pouco a pouco em intervalos durante a semana | |
Finalidade: para se emocionar | |
Restrição: não gosta de perder tempo com longas descrições | |
Princípios ativos: romance, persuasão, casamento, sociedade inglesa, séc. XIX. |
Aos vinte e sete anos, Anne Elliot nunca se casou: apaixonou-se aos dezenove anos por um jovem oficial da marinha, Frederick Wentworth, mas foi convencida a desfazer o compromisso por seus familiares e por uma amiga muito próxima da sua falecida mãe, Lady Russell – o argumento era de que o futuro do jovem, com pouca renda e sem boas conexões sociais, era incerto.
Quando, quase oito anos depois, sua família passa por dificuldades financeiras, devido às extravagâncias do seu pai, Sir. Walter Elliot, e de sua irmã mais velha, Elizabeth, os caminhos de Anne e de Frederick cruzam-se outra vez. Obrigados a mudar para uma cidade menor para reduzir gastos, os Elliot alugam a antiga casa para os Croft, parentes de Wentworth, agora enriquecido em razão do seu sucesso na marinha.
As primeiras interações entre o antigo casal acontecem com a visita de Anne à sua irmã mais nova, Mary, que é casada com Charles Musgrove. Os Musgrove ficam muito felizes em dar as boas-vindas aos Croft e ao Capitão Wentworth, sem ter conhecimento do passado existente entre o Capitão e Anne. Junto com os Musgrove, os dois visitam Lyme e, ainda, reencontram-se na pequena cidade de Bath algum tempo depois. Durante esses momentos, emoções diversas são causadas aos dois, do ressentimento ao (re) encanto.
“Persuasão” é um dos últimos romances da escritora inglesa Jane Austen, comumente lembrada pelo seu romance “Orgulho e Preconceito”. Publicado após a morte da autora, ocorrida em 1817, não houve tempo para que Austen atribuísse um título ao romance ou fizesse uma revisão final. “Persuasão” foi adaptado algumas vezes para a televisão, como as duas minisséries do canal BBC, exibidas em 1960 e 1971.
A sociedade da época é muito bem retratada por Austen, com seus vícios e costumes. Repetidas vezes, a preocupação com um bom casamento é ilustrada: seja na persuasão de Anne, oito anos antes, ou nas discussões entre Mary e Charles Musgrove sobre os possíveis pretendentes das meninas Musgrove, Louisa e Henrietta. A importância de um bom nome, do dinheiro e de bons relacionamentos está presente no romance. Podemos observar o orgulho exagerado de Sr. Walter Elliot, vaidoso e extremamente preocupado com as aparências, e de sua filha Elizabeth, em constante esforço para serem vistos pelos outros como uma luxuosa e influente família.
O tema que dá nome ao romance, persuasão, também é muito abordado. Podemos observá-lo durante o romance todo e não apenas na referência ao passado de Anne, quando, influenciada pelos outros, ela desfez o romance com o Capitão. Desde os pequenos momentos, como quando Mary tenta convencer o seu marido sobre o melhor pretendente para Henrietta Musgrove, até as conversas sobre William Elliot, um parente da família que, misteriosamente, tenta reatar laços que ele próprio rompera.
“Persuasão” traz algumas críticas à sociedade da época, ilustradas nos vícios de alguns personagens, como é o caso de Sir. Walter. Também há uma elogiosa referência ao enriquecimento por méritos e não por herança, marcada pela ascensão social de Wentworth com seu trabalho. Através do romance de Anne e de Frederick, uma idéia é defendida: a do equilíbrio – nem muito pela razão e sua possível frieza nem muito pelo coração e sua frequente impulsividade.
Resenhado por Gabriela Alkmin
240 páginas, Editora Martin Claret, publicado em 2010.
*Título Original: Persuasion. Publicado originalmente em 1818.
Li Orgulho e Preconceito, adorei, recomendadíssimo! Próximos serão Persuasão e Razão e Sensibilidade.
Boa resenha,Gabriela Alkmin!A versão que eu tenho é da editora Landmark, numa edição bilíngue. O que você achou da tradução da Martin Claret? Landmark deixou a desejar, tanto, que o texto original(inglês) realmente ajuda a compreender o que está escrito em português em alguns trechos.
Demorei a gostar de Jane Austen por conta do papel da mulher na sociedade britânica àquela época, mas deixei meus preconceitos de lado com o tempo e passei a verdadeiramente gostar destes romances. Persusão é bom, mas “Orgulho e Preconceito” ainda é meu favorito, dos que eu tive acesso ( só três, o outro foi “Razão e Sensibilidade).
Abraço e bom trabalho no “Ish”!
Boa resenha!
Eu sou meio suspeita para falar, adoro Austen! Minha mãe sempre gostou e acabou me influenciando. Eu li todos menos “A Abadia de Northanger”.
Nayara, realmente a Landmark deixa a desejar, é uma pena que a maioria dos romances traduzidos disponíveis atualmente são os da editora. O “Mansfield Park”, publicado recentemente, é o que mais decepciona, mesmo assim fiquei feliz que alguma editora resolveu começar a publicar as traduções das obras novamente, estava impossível de encontrar.
Pra quem domina o inglês, vale conferir o original.
Acho que “Orgulho e Preconceito” é meu favorito mas “Persuasão” também é muito bom!
bjs
Boa resenha! Ate agora só li “Orgulho e Preconceito” e estou lendo “Razão e Sensibilidade”. Adoro o primeiro, comprei o filme porque nao me canso de assistir, claro que o livro é bem melhor. O meu proximo é Persuasão. Passei a me interessar pelos livros dela apos assistir “Litura de Jane Auten” em ingles acredito que seja “Jane Auten’s Club”. É um filme onde 6 pessoas se juntam para ler e discutir os 6 romances da autora. É bem legal e me fez querer ler todos os romances tambem. :D
Beijos
Nossa, muito boa essa resenha, exprimiu bem os conflitos presentes na obra de Austen. E não sabia que a Martin Claret havia lançado Persuasão, finalmente! o/
Tive que ler em espanhol, mas agora vou procurar essa versão, adoro esse formato “obra-prima de cada autor” que eles usam.
Muito bom texto, parabéns!
Sim, eu lerei esse livro, a resenha ficou boa e acho que o livro também deve ser!
Gostei muito da resenha!! Parabéns Gabriela, deu mais vontade de ler o livro!! :D
Adorei a resenha, ficou mutio boa mesmo. Eu adoro jane Austen e já li “Orgulho e Preconceito”, “Razão e Sensibilidade” e “Persuasão”. Realmente é um livro muito bom, mas acho que meu preferido sempre vai ser “Orgulho e Preconceito”, pois foi com esse livro que comecei a ler os livros de Austen.
Adoro a Jane *-*
meu livro favorito é Orgulho e Preconceito *o*
recomendo o/
Amoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo a Jane é a maior escritora ingesa de romance já de fantasia é Tia Jô Rowling :D
Fiz um trabalho concorrendo a uma bolsa de estudos sobre ela, Jane Austen é um exemplo para todas as mulheres romancistas do mundo, assim como a J.K., elas entraram em uma região predominantemente maxista, e conseguiram calar a boca de todo mundo!!!
xoxo
Olá, sou “frequentadora” deste site há algum tempo, não só por ser sempre atualizado mas tambem pela floreios e borroes (que está fora do ar). Mas só hoje vi a coluna de resenhas que vcs mantém aqui, e amei! Não só gostei pelos livros que gosto (os que li) e pelas resenhas muito bem escritas (dos que não li, mas já entram na minha lista). Gostaria de indicar a série A Torre Negra de S. King. São 7 livros, assim como HP, e fala sobre um “mundo que seguiu adiante”. É a obra que King mais se dedicou e ainda se dedica e em breve vai ser leva as telonas (ou telinhas pois não se sabe se vai ser filme mesmo ou série). Espero que gostem da minha dica, e continuem com essa coluna. Pois acredito que seja a confirmação da importancia de HP, estimular toda uma geração a ler!
:O resenha maravilhosa …………………. eéééé´mulheres