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Entrando no guarda-roupa

Após muita discussão sobre o último texto, a seção de Resenhas traz mais um “rival” (ou não?) de Harry Potter para comentar. C.S. Lewis e suas “Crônicas de Nárnia” foram submetidas ao crivo dos pottermaníacos. Nos comentários, claro.

O texto de Léo Scarpa é uma exposição da trama do volume “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa”. E você, leitor, já leu algum deles? Acha que tem a ver com Harry Potter? Apesar de também ser infanto-juvenil, o que a obra de Lewis tem de singular? O espaço é seu para comentar.

Semana que vem, tem Literatura Nacional nas Resenhas: “Um certo capitão Rodrigo”, de Érico Veríssimo.

“As Crônica de Nárnia: o Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa”, de C.S. Lewis

tempoTempo: para ler pouco a pouco em intervalos durante a semana
indicacaoFinalidade: para ficar na ponta da cadeira
restricaoRestrição: para quem tem dificuldade com pontos de vista alternativos
principioPrincípios ativos: mistério, mitologia, coragem, justiça, traição.

Quatro crianças descobrem uma passagem secreta em um guarda-roupa, que levava à Terra de Nárnia. Nessa terra, onde há muito se esperava a vinda dos Filhos de Adão e das Filhas de Eva, quatro crianças refugiadas na guerra na Inglaterra ganham aliados e armas para lutarem ao lado de um Leão e uma família de Castores. A batalha contra a Feiticeira Branca tem como objetivo a posse dos tronos de Cair Paravél e tirar o duradouro inverno dessa terra de muitos seres.

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As quatro crianças terão de descobrir os segredos da Mesa de Pedra e da Aurora do Tempo. Também verão estátuas voltando à vida e a Mesa de Pedra – que continha as antigas escrituras – quebrar-se para dar ao Leão a sua vida, que fora roubada depois de um sacrifício.

C. S. Lewis, em seu primeiro conto sobre a Terra mágica de Nárnia, descreve as aventuras de Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia, irmãos que salvaram essa terra das garras malignas de uma Feiticeira e se tornaram reis e rainhas.

O autor tenta nos mostrar com clareza a sua indiscutível imaginação pra crônicas. Muitas vezes, tentou expor seus pensamentos sobre os fatos da história com desenhos nas páginas. Lewis contratou Pauline Baynes para os desenhos, apesar de no principio não ter gostado muito da ideia das ilustrações.

Escrito em 1949 e publicado em 1950, o episódio “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa” foi o primeiro de sete livros a ser lançado e o segundo na ordem cronológica da história. Um leitor da série sugeriu essa ordem, mas Lewis nunca a oficializou, lançando os livros aleatoriamente.

Pouco conhecidas no Brasil, as obras de Lewis só chegaram ao publico brasileiro com mais força após a adaptação cinematográfica do primeiro livro em 2005. Essa releitura seguiu muito à risca a obra original, inclusive reproduzindo as mesmas falas em determinados momentos.

Resenhado por Léo Scarpa

390 páginas, Editora Martins Fontes, publicado em 2009.
*Título original: “The Lion, the Witch and the Wardrobe”. Publicado originalmente em 1950.

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22 Comentários

  1. Rildo

    Não sei quantas pessoas sabem, mas Crônicas de Nárnia tem muito de religião. Pra quem não sabe, C. S. Lewis era muito religioso, e a relação que faz com que o Leão morra na mesa de pedra é como se ele quisesse passar a mensagem de Jesus ter morrido numa cruz em sacrificio, do mesmo jeito do leão, e depois recussita. ;)

    Quanto a relação entre as duas séries, acho que tem algumas sim, como disse a própria J. K. – ela disse que o modo como C. S. Lewis coloca o título dos livros dele, inspirou muito ela, por exemplo: Crônicas de Nárnia e o príncipe Caspian – Harry Potter e a pedra filosofal… E também tem a relação de alguma forma onde os dois mundos são ligados, pra ir para nárnia, os irmãos tem que atravessar o guarda-roupa e etc… em Hp eles tem que passar pela plataforma 9/3/4, apesar de que em Hp não é outro mundo, é o mesmo mundo, mas um está dentro do outro.

    (Y) :D

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  2. Lica

    Li todos e gosto, mas… pra quem não gosta de misturar religião com literatura, não aconselho. Toda a obra é uma alegoria de céu, inferno, paraiso. O livro que eu mais gosto é “O cavalo e seu menino” por ser o mais parecido com uma aventura num mundo fantástico. E o que eu gostaria de não ter lido é o último. Pareceu final de Lost. Sorry, mas a obra toda, na minha opinião, é ótima mesmo com o simbolismo religioso, mas… não precisava terminar daquela maneira. Não vou comentar pq estrago o final de quem não leu mas, toda vez que olho o livro na estante, ou lembro dele meu coração dói… C.S.Lewis, na minha opinião, pisou na bola e meteu igreja no meio de uma aventura numa terra fantástica que poderia mto bem ter sobrevivido sem ela. Peninha, mesmo…

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  3. Daniel

    Mas que texto mínimo. Não chega nem a sinopse, isso aí.

    Acho O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa legal, mas nada supera a graça e genialidade do Sobrinho do Mago (penúltimo lançado) *-*

    Boa iniciativa, a da resenha. Poderiam fazer Príncipe Caspian e Peregrino da Alvorada até lançarem o filme deste, que acho que estreia nesse ano.

    Bem colocado o comentário do Rildo, tbm… a moral cristã anglicana e a Bíblia estão fortemente presentes nos livros, e a alegoria foi muito bem arquitetada. Quem lê os escritos filosóficos, religiosos ou mesmo de ficção (científica ou de fantasia) do Lewis sabe que o cara é um gênio.

    Uma das mais belas imagens do cinema que tenho pra mim é a da Lúcia no poste de Nárnia, em meio à neve. Adorei as adaptações e super recomendo.
    Leiam as Crônicas, são maravilhosas :D

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  4. Cris

    Oi galera, adorei a notícia :D
    Mas aí, alguém sabe dizer o que está acontecendo com a Floreios e Borrões? Eu num tô conseguindo acessar nada :cry:

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  5. Junior

    o ultimo livro foi uam bomba muito ruim mesmo…
    a floreio ta fora do ar?
    alguma previsão de voltar?
    abraços

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  6. Fraan

    Eu já li, achei bem bacana, mas nada comparado a hp.
    O livro é interessante, a história é envolvente, porém meio infantil em alguns aspectos.

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  7. Sphynx

    Parece que só eu gosto tanto assim de “A Última Batalha”~

    Mas então, a forma como os dois mundos são ligados na obra de Lewis e Rowling talvez tenha essa relação por ter uma origem em comum: J. R. R. Tolkien.

    Tudo bem que a influência do autor do Senhor dos Anéis sobre Rowling sempre foi meio controversa, mas nesse ponto é plausível: Lewis foi declaradamente influenciado pelo conceito de Tolkien de “subcriação” para histórias de fantasia, isto é, a idéia de um mundo secundário, com suas próprias leis e coerência interna, relacionado de alguma forma com o nosso próprio mundo. Possivelmente o conceito foi utilizado pela Rowling também.

    (Além de que tanto para Harry quanto para as crianças de Nárnia, o “mundo secundário” se torna o primário, a casa deles passa a ser Hogwarts e Nárnia, e não mais a Inglaterra do nosso mundo.)

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  8. Viviane

    Li os sete livros de CdN, peguei emprestado na biblioteca. E depois comprei o meu. Até agora não tenho preferência entre os livros, gostei de todos.
    Parabéns, Léo pela pequena resenha.

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  9. BARBOSA

    Ufa, assim os bichinhos falantes de Narnia nos fazem esquecer o “Vuco-vuco” da última resenha literária… ;)

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  10. BARBOSA

    A própósito, meu preferido CdN é “viagem do peregrino da alvorada” . òtimo!!

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  11. Paulinha

    Gosto mt de Nárnia!
    e era um dos livros preferidos da J.K qnd criança, então obviamente tem influencias em sua escrita!

    Sim, Nárnia tem tds essas questões religiosas que deixa transparecer, como disse o Rildo, mas msm assim acho os livros cativantes. Tem gente que acha infantil demais, mas é essa inocência que eu acho bonita. Quem disse que livros para crianças precisam ser bobos? Uma vez o Lewis escreveu “que uma história para crianças que somente as crianças gostam talvez seja uma história ruim” (ou algo assim ).
    Meus preferido é O cavalo e seu menino e O Leão, A feiticeira e o Guarda Roupa. Só queria ter lido mais sobre ele na resenha…

    Leiam as Crônicas, são maravilhosas {2}

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  12. Sphynx

    É, Lewis redigiu um ensaio sobre como escrever para crianças, onde ele defende que o autor infantil deve escrever a partir do pensamento de que a história infantil é a melhor maneira que ele tem para expressar aquilo que quer dizer. Foi com esse espírito que ele escreveu Nárnia.

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  13. Daniel

    O legal dessa posição dele é que vai contra a ideia que a criança é idiota. Ele não subestima, apenas entra em sintonia. Crônicas de Narnia é infantil e loonge de ser uma obra desprovida de inteligência ou profundidade, como parecem crer aqueles que usam “infantil” como pejoração.

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  14. Paty

    Nárnia! o/

    Ah gente, amo as Crônicas de Nárnia. Boa iniciativa dessa resenha, só acho que poderia ser mais aprofundada, é um tema tão adorável, gostaria de ler mais sobre as impressões do autor… mas enfim.

    Gosto muito de “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa”, mas meus preferidos são: “O Sobrinho do Mago” e “Príncipe Caspian”. Caspian acho que me encantou por ser um pouco mais maduro, assim como a Crônica final, que adoro, e isso se deve ao fato de eu não ter lido criança, com certeza.

    Agora o Sobrinho do Mago, para mim, tem a alma da série. Adoro a construção dos mundos, a explicação “gênesis” de tudo, é fantástico. Acho que todas as mensagens bíblicas contidas na série são lindas, nunca vi uma forma tão adorável de se relacionar moral cristã e literatura como acontece nas Crônicas. Lewis fez essa interpretação bem “protestante”, no sentido se seguir as escrituras e tudo mais e deu super certa. Apesar de que, como tem louco para tudo, já ouvi gente dizendo que Nárnia é herege, vai entender hauahauh

    Acho que as Crônicas devem ter sido muito legais de ler para as crianças, por isso talvez, a Feiticeira é tão marcante entre os adultos britânicos. Espero lê-las para os meus filhos um dia, até mesmo antes de HP, pela idade e tudo mais. :D

    Bom tema de discussão! :D

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  15. HP

    Eu adorei a resenha, nada melhor q uns poucos paragrafos de explicação… está bem melhor q outras resenhas, q levamos eras para terminar de le-las e q fariam o msm efeito de uma como essa…. a escolha do livro foi otima, parabens Léo, espero ver a resenha dos outro feita por vc mem hein…

    o livro conta um historia envolvente, apesar de infantil… a primeira obra de lewis, se levada a seria, pode ser considerada uma boa literatura.

    :D parabens Leo, mais uma vez

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  16. Naiara

    Ótima resenha.. como disseram acima, um bom tema de discussão entre dois livros que são fantásticos e concorrentes ao mesmo tempo..

    Enfim, eu tbm queria saber o que está acontecendo com a Floreios!
    alguéeeem pode dizeer? tá fora do ar? vai voltar quando ?

    Fora isso, parabéns sempre.. esse é o melhor site de notícias de HP pra mim =D

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  17. ritah

    Já li todos os livros e eu cá adoro Nárnia – excepto o finalzinho da Susan na Última Batalha e tal. Mas especialmente os primeiros (LWW, Sobrinho do Mágigo, Caspian e tal) têm uma magia básica e pura que eu amo. AGORA, os filmes… ah, esses SIM! A-D-O-R-E-I ambos os filmes, passarm bem a história, fizeram mudanças sem estragar o essencial e essas mudanças so ajudaram – como no caso da batalha no castelo e a tensão entre Caspian e Peter no filme Principe Caspian. E sim, o fact de eu apreciar tanto os filmes tem muito a ver com Ben Barnes eWilliam Moseley, mas detalhes, detalhes.

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  18. livia

    ALGUÉM TÁ CONSEGUINDO ENTRAR NO FLOREIOS E BORRÔES?!

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  19. Daniel Neves

    Devia ter em restrição: Intolerância a pessoas bobas.

    O livro até que é bom, mas as vezes irrita.

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  20. Anônimo

    tipo.. meio que ta tudo errado! resenha que mistura filme e livro.. não atende nem a um, nem ao outro. :x

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  21. Anne

    comecei a ler as cronicas de narnia , mas parei achei o livro muito fantasioso (mais do que harry potter )

    pelo menos , harry potter fala da vida de um garoto que luta contra o mal , que tenta resolver seus dilemas , para falar a verdade nao achei as cronicas de narnia um livro bom porque nao tem um bom enredo e seus personagens sao MUITA CHATO

    Responder
  22. Lucia

    Apesar do fato de C.S. Lewis ter escrito o livro utilizando-se da religião isso pode ser facilmente ignorado. Não deixem de ler só por causa disso, é(são) um livro ótimo, com escrita fácil e leve. Recomendo.

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